A Cáritas de Aveiro faz parte da Rede de Entidades do Programa Incorpora
Com início em Espanha, criado pela Fundação “La Caixa” em 2006, o Programa Incorpora está em Portugal há já 4 anos a dar apoio na inserção socio-laboral a pessoas em situação vulnerável e em risco ou situação de exclusão social.
Da articulação com banco BPI e Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), esta resposta Incorpora duas vertentes no trabalho na Empregabilidade.
De um lado o apoio às pessoas na sua inserção laboral. Em 2020 foram acompanhadas neste processo à Empregabilidade, 5415 pessoas.
De um outro lado, os serviços de apoio e consultoria junto das empresas de todos os tipos de setores, tanto ao nível dos processos de seleção de pessoal, como no fortalecimento e melhoria da responsabilidade social e corporativa.
No mesmo ano, 1764 empresas colaboraram com o programa em Portugal, permitindo a sua valorização e reconhecimento junto do tecido empregador.
Neste trabalho ao Emprego, o programa Incorpora conta neste momento com uma rede de entidades sociais espalhadas por todo o território continental (44 em 2020) com aproximadamente 96 elementos técnicos de acompanhamento e prospeção, número em crescendo em 2021, na qual se inclui a Cáritas Diocesana de Aveiro.
Indústria transformadora, automóvel, de produção alimentar; supermercados; restauração e turismo; serviços de transporte; comércio; serviços de saúde, de educação, social, serviços de limpeza, são exemplos de segmentos de procura – oferta que têm sido acompanhados, durante este ano 2021, junto de aproximadamente 35 empresas, permitindo dar resposta de inserção às pessoas acompanhadas e a trabalhar em compromisso contínuo com a equipa técnica para seu (re)ingresso laboral.
A prosseguir com a metodologia do programa Incorpora, a Cáritas Diocesana de Aveiro expande as suas áreas de atuação social.
O processo inicia com a comunicação estreita junto das respostas já existentes e a fazer face às diferentes áreas desafio da vulnerabilidade (idade avançada e comorbilidades, situação de sem abrigo, violência doméstica, doença mental, reclusão, dependências, migração, entre outras…).
Serviços de saúde, de emergência, atendimento e acompanhamento social, núcleos de apoio à vítima (de violência de género e doméstica), serviços de apoio a migrantes, ex-reclusos têm sido pontos de chamada à resposta de emprego numa intervenção holística e de inserção da maioria das pessoas, em concordância com a visão estratégica de suporte da própria Instituição e em complemento e reforço dos serviços e recursos já existentes no meio na área da empregabilidade.
Durante este ano experimental, a rede de articulação social já se estendeu a diferentes concelhos do Distrito (ex: Aveiro, Águeda, Vagos, Oliveira do Bairro, Anadia, Estarreja…), bem como as empresas aderentes e participantes.
“Participação” é o critério chave de todo o processo. No elenco está a pessoa beneficiária com o papel principal. A sua vontade e o seu compromisso abrem caminho num primeiro atendimento com os elementos técnicos. Forma-se assim a equipa de trabalho na procura de emprego, tendo por base o percurso profissional, as áreas preferidas, as dificuldades, mas também os desafios e as potencialidades. Tudo isto num plano e itinerário de capacitação feito em conjunto.
São realizados atendimentos descentralizados e a conhecer a realidade e as circunstâncias de cada pessoa. Elaborar o curriculum vitae passa muitas vezes pelo primeiro e grande desafio de viajar no tempo e despoletar memórias e percursos. Nesta primeira fase há um conjunto de habilidades a reconhecer e também outras tantas competências a potenciar.
A ficha de empregabilidade vai sendo desenhada passo a passo, atendimento para atendimento, permitindo uma prospeção de ofertas à medida. A partilha de informação e de estratégias junto das equipas de suporte psico social, têm sido a garantia dos ajustes adequados.
As empresas e restante tecido empregador têm sido convidadas a participar neste processo, proporcionando-lhes apoio ao nível dos processos de inserção, recrutamento e de gestão de equipas e perfis. A proximidade e presença in loco da equipa técnica nas diferentes fases tem revelado o elo de ligação primordial entre a necessidade e o querer do painel empregador e a resposta e mais valia das pessoas beneficiárias – candidatas e logo de seguida colaboradoras na sua oportunidade de Vida!