Cáritas saúda Francisco I
Lisboa, 14 março – Não poderia deixar de ficar contente e extremamente expectante em relação àquilo que será o pontificado de Francisco I. Como crente e membro da Igreja louvo o Espírito Santo por ter inspirado os cardeais a escolher para Pastor universal um homem que revela grande simplicidade, não só pelo seu relacionamentos com os seus diocesanos de Buenos Aires, mas pela forma como se apresentou na varanda da Basílica de S. Pedro.
No nome que escolheu está, sobretudo, expressa essa simplicidade que se há-de espalhar – assim espero – por toda a Igreja. Não sabemos a que Francisco se refere, mas tudo indica que será o de Assis, juntando à opção de vida simples no decurso do seu pontificado a vontade de fazer dos mais pobres e dos mais frágeis os seus privilegiados.
Apresentou-se aos cristãos católicos e a todos os “homens e mulheres de boa vontade”, falando de união, amor, fraternidade, caminhos tão importantes para a renovação de que a Igreja precisa. Mostra uma grande facilidade em se aproximar de todas as pessoas e em servir a Igreja e o Mundo de forma tão tranquila e segura como se apresentou à multidão reunida na Praça de S. Pedro. Também a forma como Francisco I pediu a oração a todos os presentes pelo seu pontificado deixou-me uma imagem de um homem de uma profunda fé e humilde. Disse que o foram buscar ao fim do mundo, mas bastaram os breves minutos que esteve na varanda da Basílica de S. Pedro para se tornar muito próximo de toda a gente. Não tenho dúvida alguma.
Bento XVI, por quem Francisco I rezou neste seu início de pontificado, colocou a caridade no coração da Igreja. Nós Cáritas colocamo-nos ao serviço do novo chefe da Igreja Católica certos de que a opção privilegiada pelos pobres é um grande sinal de esperança para todo o mundo.
Ficaram assim concretizadas as minhas expectativas.
Peço agora ao Espírito Santo que lhe dê a sabedoria e a coragem para nos ajudar, a nós os católicos, a viver mais em coerência com o Evangelho para que contribuamos todos para a urgente purificação da Igreja. Purificada possa trilhar os caminhos da renovação pelos quais possa seguir toda a humanidade rumo à civilização do amor.
Eugénio Fonseca, presidente Cáritas Portuguesa
Deixar uma resposta